Algumas frases retiradas das sessões



Algumas frases retiradas das sessões


"Eu sei o que preciso de fazer para me portar bem, mas não consigo" (C.15 anos); "Eu não sei fazer nada" (N. 8 anos); "Esta semana não me correu bem...é a escola..." (F. 14 anos); "Não gosto daquela professora!Ela chateia-me e eu respondo!" (R. 13 anos); "Quando ouço a professora a dizer que alguém vai ler, o meu coração começa logo a bater" (D. 16 anos); "Os meus colegas gozam comigo, dizem que sou feia e que não sei falar" (C.10 anos).







domingo, 20 de fevereiro de 2011

A complementaridade entre a reabilitação física e a reabilitação mental

             O impacto de uma lesão neurológica (traumatismo crânio encefálico ou acidente vascular cerebral, entre outras), num indivíduo que até esse momento estava bem de saúde, é sempre um momento de angústia para o próprio, para a família e para os amigos.
            A família fica preocupada com as limitações (físicas, pessoais, sociais, profissionais e afectivas) e sofrimento que estas lesões causam e tenta lidar com a situação da melhor forma que sabe. Mas não é fácil!
            A sociedade, é como se tivesse “padrões de normalidade definidos”, e estes padrões, na sua maioria, não incluem indivíduos portadores de deficiência física. Assim, o indivíduo e a família para além de terem de lidar com a nova situação também têm de lidar com a falta de oportunidades sociais. Esta falta de oportunidades e as limitações referidas podem causar no indivíduo um sentimento de revolta, de desvalorização e de grande tristeza.
            Um mal-estar psicológico (tristeza, irritabilidade, falta de paciência, isolamento) pode vir a desenvolver alguns conflitos familiares que acabam por afectar psicologicamente os restantes elementos da família.
            Para além de toda a reabilitação física, torna-se fundamental a intervenção de técnicos especializados para que a família se reorganize e para que cada elemento volte a desempenhar o seu papel (dentro dos possíveis). Desta forma, uma intervenção ao nível da Psicologia Clínica (terapia familiar), poderá ajudar o indivíduo e a família a reconhecerem e a aceitarem as limitações impostas pela deficiência; poderá ajudar o indivíduo a restabelecer-se, incentivando-o a tomar decisões, a tomar iniciativa e a desenvolver uma maior autonomia; e poderá estimular a família no sentido de não deixar de apoiar o indivíduo e não deixar de o incluir nas actividades e tarefas diárias da família.
            É muito importante a família permitir ao indivíduo uma progressiva autonomia. É necessário estimular uma ampliação das relações sociais, um desenvolvimento máximo ao nível da independência na sua reintegração pessoal, evitando situações de isolamento e de superprotecção.

Lara Guina - Psicóloga Clínica (http://laraguina-psicologa.blogspot.com)
em parceria com
Centro Terapêutico – Peroneo (www.peroneo.pt)

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