Muita tinta tem corrido devido ao macabro assassinato de Carlos Castro...
O principal suspeito.....um jovem vindo de uma pacata cidade com uma vida toda pela frente. Um jovem talvez à procura de reconhecimento, fama e com uma grande vontade de "vencer" na vida. Talvez a ambição o tenha feito avançar sempre, arriscando, fazendo coisas contra a vontade, não tendo conseguido parar e controlar a situação. Com duas vidas distintas e paralelas foi à procura do tal sonho. Talvez não tenha olhado aos meios para atingir os fins.
Os familiares, amigos e conhecidos descrevem o Renato como uma pessoa pacata, calma, tímida, pouco faladora. A mãe disse à imprensa que sempre foi um filho bem integrado na sociedade, bom aluno, com actividades extra-curriculares, com amigos, sem nunca lhe ter criado problemas na adolescência, ía à missa e nunca apresentou perturbações psiquiátricas.
Uma adolescência sem conflitos familiares?! Será que um adolescente concorda sempre com os pais? Será que aceita sempre com calma e serenidade os "Nãos" dos pais? A adolescência é conhecida por uma fase difícil, em que parece que o mundo está contra os adolescentes, pois os pais não permitem muita coisa, impõem regras e na maioria das vezes os filhos não concordam com estas....ao não concordarem desafiam a autoridade, discutem as diferentes opiniões, desobedecem e mentem para conseguirem o que querem. Não será esta fase de conflitos familiares saudável? Faz parte do crescimento do Ser Humano. Um adolescente que nunca fez isto, que era tímido, pacato, calado...não é bom sinal!
A pergunta "Mas o que o terá levado a ter um comportamento tão violento e a matar o Carlos?" é a que tem sido mais discutida nos media. Tem havido muita especulação...pois povo quer, de facto, saber o que aconteceu naquele quarto de hotel.
A irmã do Renato disse à imprensa que algo de muito grave aconteceu, psicólogos e psiquiatras põem a hipótese de o Renato ter descompensado e ter tido um surto psicótico agudo. Dizem que depois do crime o Renato tomou banho (preocupou-se muito com a sua imagem e higiene - não é de esquecer que ele era conhecido, na escola, pelo "Panças", por ser gordinho) e não se preocupou em apagar as provas.
Mas o que terá levado este jovem tão "certinho" a cometer um crime destes? Talvez não tenha aguentado a pressão psicológica. Talvez estivesse a fazer sacrifícios para atingir a fama internacional e obter algum dinheiro. Mas para obter tudo isto, talvez tivesse de dar algo em troca ao Carlos. Ele sabia que o Carlos era homossexual (assumidíssimo publicamente)...ele sabia onde se estava a meter. Talvez pensasse que conseguiria controlar sempre a situação. Tal não aconteceu.....a pressão psicológica deve ter sido muita...os conflitos intrapsíquicos (relacionados com a sua sexualidade) também devem ter sido grandes...e com tanta pressão perdeu o controlo da situação.
Penso que a figura materna podia ter tido aqui outra atitude perante a relação existente entre o filho e o Carlos. A imprensa diz que a mãe não via esta relação para lá da amizade, pois o "Carlos é o pai que ele nunca teve". Será que as mães não questionam os objectos de valor que os filhos trazem para casa? Será que as mães não questionam as viagens para o estrangeiro? Com que dinheiro é que um filho adquire tudo isto? Talvez a mãe se tenha acomodado a esta "luxúria"....
Agora, resta saber a pena aplicada no dia 1 de Fevereiro....
Lara Guina
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